Baile de Máscaras

Brilho fantástico cintila no cristal dos lustres

Risadas folgazãs ecoam no salão de grande gala

Música álacre envolve os convidados ilustres

Ergam as taças, brindemos à euforia que não cala!

Muitos creem viver num delirante baile sem fim

A exibir suntuosas máscaras de talhe refinado

Plumas, pedrarias, lantejoulas, finíssimos cetins

Arrematam a aparência de primor tão almejado.

Mas oh, suprema decepção! O encanto se desfaz!

A realidade em sua crueza não tarda a aparecer

Nascente luz do sol evidencia que a alegria falaz

Impediu os convivas de perceberem sua ilusão fenecer.

O exterior belo que ainda há pouco ostentavam

Não passava de fantasia que acreditavam genuína

Vestes em andrajos, máscaras trincadas, eles choravam

Com o desnudamento do orgulho, sua própria ruína!

Anankhe
Enviado por Anankhe em 18/10/2011
Reeditado em 18/10/2011
Código do texto: T3284516
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