UNITÁRIO

Ouço a mesma música por diversas vezes.

A casa voltou a ficar em desleixo,

O alimento insípido...

Cansei de tua assimetria,

Da tua dislexia em mim.

Da tua sobriedade,

Da tua ausência de humor...

Em teu corpo sobra-me a solidão.

Quero a dor do poeta,

A alma do interprete,

E a embriaguez do ator.

Terminaram os desgastes e os resgates,

E a tua insulina em meus pés.

As árvores estão floridas,

O caminho cactáceo.

Não há o que dizer,

O fim trouxe o vazio e o unitário.

Rosa Sousa
Enviado por Rosa Sousa em 09/02/2011
Reeditado em 16/09/2016
Código do texto: T2781762
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