INTROSPECÇÕES...

Tantas vezes não sou

O que se imaginou

Sou quem a vida usou

Num palco subjetivo;

Talvez eu seja a menina

Meio humana, meio divina

Pra entender teu motivo

De então querer saber

O que venho a ser

Estando a desconhecer

A tal imprecisão.

Sou só mais um elemento

Que corro junto ao vento

Sem ter um maior intento

De desvendar a razão;

Porque a razão só ilude

Se nela buscas saúde

Algo que muito ajude

Instâncias pra se afirmar.

Desacredite e se veja

És quem o outro almeja

Para que contigo ele esteja

Por condicionar-te a amar.

Agora estou de frente comigo

E sou meu pior inimigo

Será que vencer-me consigo

Sabendo que me enganei?

Seu próprio eu te desmente

Te trai, te oprime e nem sente

Que a si nunca foste inerente

E infringes tua própria lei.

Ensinam as decepções

Se partem alguns corações

E há quem prossiga mais além...

E vou além da despedida

Da expressão indefinida

Sou a consciência perdida

Que o ego tomou por refém.

PRISCILLA PAIXÃO
Enviado por PRISCILLA PAIXÃO em 12/11/2010
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