INTROSPECÇÕES...
Tantas vezes não sou
O que se imaginou
Sou quem a vida usou
Num palco subjetivo;
Talvez eu seja a menina
Meio humana, meio divina
Pra entender teu motivo
De então querer saber
O que venho a ser
Estando a desconhecer
A tal imprecisão.
Sou só mais um elemento
Que corro junto ao vento
Sem ter um maior intento
De desvendar a razão;
Porque a razão só ilude
Se nela buscas saúde
Algo que muito ajude
Instâncias pra se afirmar.
Desacredite e se veja
És quem o outro almeja
Para que contigo ele esteja
Por condicionar-te a amar.
Agora estou de frente comigo
E sou meu pior inimigo
Será que vencer-me consigo
Sabendo que me enganei?
Seu próprio eu te desmente
Te trai, te oprime e nem sente
Que a si nunca foste inerente
E infringes tua própria lei.
Ensinam as decepções
Se partem alguns corações
E há quem prossiga mais além...
E vou além da despedida
Da expressão indefinida
Sou a consciência perdida
Que o ego tomou por refém.