Essência Negada

E o que me resta agora?

Depois que a esperança

Bateu a porta e foi-se embora?

E já não me tento a ser criança

Desaba a última luz da minha estrela

Chuva na escuridão cessa a virtude

Quando minha felicidade por atitude

abrirá a porta e entrará por ela?

Quisera eu ver a vida como quem a guerra

Vê sem vestígio algum de desistência

Mas há temor e frio e há carência

Em mim, ó desfigurada força e abstrata Terra

O que faz um homem sem a tal dignidade

Nessa vida que se esvai levando-lhe a essência?

lucheco
Enviado por lucheco em 01/08/2009
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