PRESSÁGIO DO NADA

Pequena é a fresta de onde vejo
Aquele nada ou então o mundo,
Que passa rápido como um lampejo
Deixando aquele vazio profundo.

A menininha chorosa da janela
Já não tem mais ilusão nenhuma,
Os sonhos juvenis e tudo que era dela
Foram estuprados sem piedade alguma.

Que esperar dos que nada fazem
Permitindo todos os males acontecer,
Que para o sepulcro os sonhos jazem
E nada mais os fará florescer?

O desejo de ser bailarina? Ficou no olvido!
Na ilusão pueril ela acredita que um dia,
Essas cruéis lembranças já terão partido,
Que não haverá mais dor , somente alegria.


www.ruthgentilsivieri.prosaeverso.net
Ruth Gentil Sivieri
Enviado por Ruth Gentil Sivieri em 24/03/2009
Reeditado em 30/05/2009
Código do texto: T1503126
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.