PRESSÁGIO DO NADA
Pequena é a fresta de onde vejo
Aquele nada ou então o mundo,
Que passa rápido como um lampejo
Deixando aquele vazio profundo.
A menininha chorosa da janela
Já não tem mais ilusão nenhuma,
Os sonhos juvenis e tudo que era dela
Foram estuprados sem piedade alguma.
Que esperar dos que nada fazem
Permitindo todos os males acontecer,
Que para o sepulcro os sonhos jazem
E nada mais os fará florescer?
O desejo de ser bailarina? Ficou no olvido!
Na ilusão pueril ela acredita que um dia,
Essas cruéis lembranças já terão partido,
Que não haverá mais dor , somente alegria.
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