Lembranças repentinas

Minha esperança foi ao mar.

Já que na areia foi onde a deixei.

Perdi a vontade de amar,

Também perdi a pessoa quem amei.

Sempre que ando pela cidade,

Para cada canto que olho, nos vejo.

Morreu ali minha felicidade:

Na praça onde demos o primeiro beijo.

Agora, em minha cama, sozinho,

Me deito para esquecer as lembranças.

Desfarei essa bifurcação em meu caminho,

E esquecerei dos significados das alianças.

Espero que, ao acordar,

Me lembre de te esquecer

Para que eu passe a me amar

E, contudo, me fortalecer.