Luta injusta
Fui perdendo a pouse,
Acabei quebrando o braço
Numa luta injusta,
Onde, iludida, fui tomando azeite
Achando que era vinho
Simulando o amor que nunca existiu.
Eu, pobre de mim
abraçava a ilusão
Mendigando o último gole da sua saliva.
O corpo disforme
ameaçava toda a humanidade,
a língua lambia os teus pés
Cheirando à rosas vermelhas
Abalada, me via descabelada,
Era apenas o seu reflexo no espelho.
Por dentro habitava animais imprevisiveis
A carcaça já não era dura, estava rachada.
Mas fui colando e recolando, até deixar cair.
Filho da putaria, dos prazeres...
Ignorando o amor,
O meu amor.
Esse era você!