Luta injusta

Fui perdendo a pouse,

Acabei quebrando o braço

Numa luta injusta,

Onde, iludida, fui tomando azeite

Achando que era vinho

Simulando o amor que nunca existiu.

Eu, pobre de mim

abraçava a ilusão

Mendigando o último gole da sua saliva.

O corpo disforme

ameaçava toda a humanidade,

a língua lambia os teus pés

Cheirando à rosas vermelhas

Abalada, me via descabelada,

Era apenas o seu reflexo no espelho.

Por dentro habitava animais imprevisiveis

A carcaça já não era dura, estava rachada.

Mas fui colando e recolando, até deixar cair.

Filho da putaria, dos prazeres...

Ignorando o amor,

O meu amor.

Esse era você!

Nicole Ventura
Enviado por Nicole Ventura em 23/11/2016
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