A culpa

Eu molho o pão no sangue pra saber quem eu sou

Descarto irônias,

abro a boca em contraste

Desabafo com as paredes da sala,

pois as do quarto já não aguentam mais

A àgua salgada que

andei enchendo os baldes serviram

para fortalecer as flores que habitam em mim

Algumas morreram,

as encharquei.

Que pena. Mas a culpa é delas,

assim como foi minha a sua partida.

Nicole Ventura
Enviado por Nicole Ventura em 17/11/2016
Código do texto: T5826825
Classificação de conteúdo: seguro