A culpa
Eu molho o pão no sangue pra saber quem eu sou
Descarto irônias,
abro a boca em contraste
Desabafo com as paredes da sala,
pois as do quarto já não aguentam mais
A àgua salgada que
andei enchendo os baldes serviram
para fortalecer as flores que habitam em mim
Algumas morreram,
as encharquei.
Que pena. Mas a culpa é delas,
assim como foi minha a sua partida.