Paraquedas
Não sabia que escrevia poemas
Disseram-me ao ler o meu desamor
Respondi que o copo precisava transbordar
Ou saltava sem paraquedas
Do cume mais alto
Ou no carro mais rápido
Acabava-se o dissabor
Falaram-me: assustado!
Pelo cume e pela dor
Digo, eu não sou poeta!
Meu choro é só pranto!
Meu grito é só dor!