Desabafo
Estive adrede, fingindo bem
A dor que forte fazia-me mal.
Com o amor à sorte de seu ninguem.
Me pus nas mãos de um vendaval.
E aflito corro a noite à praia
Sabendo eu que é indiferente
Pedir socorro ao céu que paira
Pedir alivio à areia quente
Mas divaguei com a paisagem
Recordando o amor perdido
Lamentei ser de passagem
Um sentimento tão bonito.
Que todos saibam o amor doi
E se construimos nele um palácio.
A rejeição o balança, o destroi
Morre com ele tudo, e facil.
Matar sonhos tambem é matar.
Porque pessoas surgem tão de repente?
Serão anjos que ensinam a amar?
Ou seres humanos inconsequentes?
Por que roubam o coração alheio?
Faz bem levar o que não é seu?
Por que não juntamos os dois sem receio
O seu coração e o meu?
Um pouco tarde pra isso eu sei
Mas onde estiveres lembre o passado
O seu coração segue inteiro, outra vez
E o meu fica aqui, em pedaços...
continua...