Desabafo

Estive adrede, fingindo bem

A dor que forte fazia-me mal.

Com o amor à sorte de seu ninguem.

Me pus nas mãos de um vendaval.

E aflito corro a noite à praia

Sabendo eu que é indiferente

Pedir socorro ao céu que paira

Pedir alivio à areia quente

Mas divaguei com a paisagem

Recordando o amor perdido

Lamentei ser de passagem

Um sentimento tão bonito.

Que todos saibam o amor doi

E se construimos nele um palácio.

A rejeição o balança, o destroi

Morre com ele tudo, e facil.

Matar sonhos tambem é matar.

Porque pessoas surgem tão de repente?

Serão anjos que ensinam a amar?

Ou seres humanos inconsequentes?

Por que roubam o coração alheio?

Faz bem levar o que não é seu?

Por que não juntamos os dois sem receio

O seu coração e o meu?

Um pouco tarde pra isso eu sei

Mas onde estiveres lembre o passado

O seu coração segue inteiro, outra vez

E o meu fica aqui, em pedaços...

continua...

Glauco Medeiros
Enviado por Glauco Medeiros em 15/01/2015
Código do texto: T5102205
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