Nosso Hiato (revisado)

Hoje, não senti o teu amor em meus braços,

Nem, tampouco, teu sabor em meus lábios.

Os teus olhos não lembravam o nosso passado,

Nem teus afagos denotavam desejar-me ao seu lado.

Estava tudo opaco, nublado, meio escaldado.

Profetizando um novo tempo: o nosso hiato;

Aonde cada um segue seus passos, sem demonstrar muito compasso,

Realinhando suas histórias e desfazendo as memórias,

De duas vidas oscilantes, por muitas vezes, inconstantes...

Feito camelões padecidos, lânguidos, sofridos,

Buscando apenas sobreviver, na senda do verbo amar.

Juliana Martorelli
Enviado por Juliana Martorelli em 10/01/2015
Reeditado em 24/02/2015
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