A carne Preta
O suor da carne preta
Flui como ondas
Entre o verde da cana a balançar
O vento não serve de alento
O sol a fustigar
A vida que esvai em dor
O perfume delicado
Da branca flor do cafezal
Perecem os corpos pretos
Com lágrimas que secam ao cair
Generosa é a natureza
Em todo seu esplendor
Entre a beleza das flores brancas
A doçura oriunda do canavial
A ganância alimenta-se da vida, a morte, torná-se trivial
Montteitos Dalton