DEVO NÃO NEGO PAGO QUANDO PUDER

Amiga eu não te conto

O que foi que aconteceu

Já tava preocupada

Com aquele dinheiro teu

Pois né que meu rim direito

Criou um cálculo e doeu

Eu corri pro hospital

Com uma dor desesperada

Fui procurar um doutor

Pra resolver a parada

Mas quando ele me viu

Me mandou pra emergência

Para ficar internada

Fui na cadeira de rodas

Com um rapaz empurrando

E quando eu cheguei lá

Eu fui logo vomitando

Porém não ficou só nisso

Pois na frente pro doutor

Eu fui logo urinando

Depois entrei numa sala

Para o soro tomar

Tomei muito analgésico

E a danada sem parar

E só no fim da tardinha

Resolveu se acalmar

Fui fazer a ultra som

E a pedrinha tava lá

Depois fiquei numa cama

Esperando aparecer

Uma vaga noutro quarto

Pois leito não ia ter

E o tempo foi passando

Somente na sexta feira

Veio a acontecer

Quando cheguei nesse quarto

Com o resquício da dor

Eu deitei naquela cama

Aí a coisa arruinou

Pois além da cama dura

Não aguentei o calor

Aí eu fiquei pensando

Socorro não vai cobrar

E pensei em procurar

Um quarto particular

Onde eu pudesse dormir

E um pouco refrescar

Depois que cheguei ali

Foi um ótimo tratamento

Era visita de médico

Na hora certa alimento

Uns enfermeiros simpáticos

Um senhor atendimento

Fiquei lá até segunda

vim pra casa descansar

O meu filho ia mais tarde

Para a conta acertar

E quando vi o montante

Do que tinha pra pagar

Quase me arrependi

Do meu calor reclamar

Peço que me compreenda

Não vou de ti abusar

Não vou mais ficar doente

Se assim Deus me ajudar

Daqui pro décimo terceiro

Eu prometo te pagar

Alcinete Gonçalves
Enviado por Alcinete Gonçalves em 03/09/2017
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