Vivo no cabresto da vida
cavalgo em lombo cançado,
com a morte passando a espora
escurecendo o véu da memória.

Chupo cana, cuspo o bagaço,
sou bem quisto por  onde passo.
No "bate pé" danço catira,
ao som do sapateado.

Bato palma no tom da viola,
com destreza no rasqueado,
mantenho a tradição  Goias afora.
Devoto do Divino Pai Eterno
carrego no peito nossa Senhora.

Sou goiano do cerrado,
dos versos de Cora Coralina,
da Chapada dos Veadeiros.

Mesmo sendo um guerreiro,
brioso e altaneiro,ante tanta
beleza me sinto um pingo de
barro nas mãos do Divino Oleiro