Desejo é bão...!

Desejo e tesão

é algo “muito bão...!”

não é um sentimento;

Sentimento é outra coisa,

é amor e paixão...

Que nascem depois do desejo...

Mas esse, é meu ensejo,

quero mesmo é falar de tesão.

Já o tesão, não é sentimento,

é mesmo um instinto natural.

É um fogo que vem de dentro

afeta o juízo da gente, e

fica feito um animal.

O deixa gelado, agitado e esquisito,

com o coração esbaforido, suando e

esfregando as mãos...

...até parece um cão perdido em fuguetório...

ou torcedor em dia de jogo,

ou um trem que perdeu a estação....

Não dorme e nem trabalha direito

só fica pensando no feito,

ou se ainda não fez,

dá até dó do sujeito...

Até mesmo “aquele que se diz puro”,

na verdade, puritano;

eis aí, mais um fulano

que sente isso tudo que eu disse;

mas nega viementemente, e mente,

sobre o seu instinto humano de

desejo e tesão...

É aquele instinto danado,

que só quem sabe, é quem o sente,

uma “coisa” que domina a gente

longe ou perto do ser desejado...

Avermelha-se o rosto....

Na verdade, o presuposto

à dança do acasalamento...

Se quiser, pode me condenar,

pode até me chamar de

desavergonhado...

será que mereço por externar meu argumento?

Só por ter falado de um jeito meio engraçado

de um instinto natural,

que não sabemos ao certo,

como descrevê-lo;

é claro, que eu não serei

o último, tão pouco o primeiro,

a falar da “tal tesão”.

Vou até ser menos sincero,

porque eu apenas quero,

é lembrar de uma boa impressão:

Se ainda sentis desejo, saibas:

Só pode ser “algo bão... ”

É quenem pra mineiro, um queijo,

fresco e cheiroso sobre a mesa.

Me desculpe a comparação...

Se ainda sentis desejo,

tens mesmo, é muita saúde,

o que na certa, é uma virtude,

para sentir tesão...

Agora, vou falar outra verdade:

Não basta apenas sentir desejo

tem de ter uma boa prosa e argumentação...

Palavras certas em momento certo,

ou ser um sujeito bem discreto e calado,

para se obter sucesso com o seu objeto desejado,

ou satisfazer sua “tentação...”

Se não,

irá mesmo, é se

contentar com um queijo,

e ver de longe... o seu desejo,

ou, “se acabar na mão...”