SECA NO SERTÃO

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Sol a pino queima a terra
Ressecando o ribeirão,
Lagoa geme de fome nas
Quebradas do sertão

A água desce fininha
Com Preguiça a soluçar,
O sapo coaxa a seco
Berra triste o boi fubá.

O vento retorce a mata
Num Abafado trotar
Canta triste o inhambu
Se enclausura o sabiá.

O luar se faz miúdo,
Desface o meu cantar,
Chora inane a terra quente
Morre a seco o boi fubá.


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Vantuilo Gonçalves
Enviado por Vantuilo Gonçalves em 10/11/2010
Reeditado em 10/11/2010
Código do texto: T2607865
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