TUDO OU NADA

Primeiro me diz que sou tudo,

depois me ignora, absurdo!

e quando se deita comigo,

parece que sou sua vida,

mas, quando se chega ao seu fim,

não passo de uma bandida,

Não sei o que sou para você,

e isto me faz repensar,

se devo continuar obsecada,

se escondo minha alma gelada,

e deito para te amar,

realmente, muitos vivem assim,

mas, não quero ser os Muitos,

tentarei ser dona de mim,

e sair do seu circuito,

ou me ama, ou diga a verdade,

que na cama te dou liberdade,

que na carne sou sua vaidade,

fala sério, não complica,

explica, defina, seja mais você,

não use seu charme, seu jeito,

para me fazer acreditar,

que estou a sua mercê,

se quiser abrir o jogo,

abra, não brinque comigo assim,

apesar de cheirar minha química,

te entender minha mímica,

te bagunçar meus lencóis,

apesar de ser gostoso ter você,

de ser quente o anoitecer,

não me jogue fora, depois de acordar,

depois de jurar me amar,

afinal, sou linda demais,

sou como os lencóis de que te escapam,

a loucura, que te cala,

sou mulher? ou sou nada?

sou desejo? transa? beijo?

o que sou?

Primeiro, me chama de amor,

depois, me odeia e me esquece,

há momentos em que sou sua prece,

e outros sua maldição,

não rasgue o meu coração,

não queira dizer que sou nada,

pois, sei que sou sua amada

e um dia, quando não puder me encontrar,

você vai me desejar,

e vai se lembrar de mim...

Del Dias
Enviado por Del Dias em 27/03/2008
Código do texto: T918697
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