Sobre a Morte e os Mortos.

Quanto vale o seu companheiro(a).

Ouvindo duas mulheres conversarem sobre a vida, sobre as aventuras feitas ao longo do tempo, nasceu a curiosidade:

- Como estão todos?

- Você não soube. Meu parceiro se foi.

- Oh! Sinto muito.

- Tudo bem. É a vida.

- O meu também se foi, faz onze anos. Era um Gentleman, perfeito Lord Inglês. Era um casamento perfeito.

Ao ouvir isso levantou-me uma questão sobre. A aparência das senhoras era de bom status financeiro, por elas mesmas ou porque o marido lhes deixou uma boa pensão, bom. Seja como for, o que diria aquela(e) que sem recursos para se auto sustentar falaria daquele(a) parceira(o) no exato momento desta conversa.

A verdade é que depois que se morre, todos os defuntos eram almas boas, nunca fez mal a uma mosca, nunca levantou falso a qualquer cristão, e, de tão bom as portas do céu estariam escancaradas. Neste meio tempo fui-me agraciado com uma alegria em saber que um ser humano cheio de defeitos e sentimentos mesquinhos na hora da morte baseado nas doutrinas mundanas de seres muitas vezes pior em sentimentos teria passagem direta para o paraíso.

Ops. Esperem!

Não terei nem a chance de escolher onde ir. Sacanagem!

Quando era pequenino a minha vó contava o quão melhor era ir pro céu, eu iria virar anjo, tocaria harpa, hinos de louvação ao senhor. Bom. Eis a questão que me atormentou por anos. Eu nunca gostei de instrumento de cordas, me ligo mais em teclados, adoro um sexo selvagem, logo virar anjo sem definição de sexo. Não! Agora o pior de tudo ao escrever esse texto estou ouvindo Pink Floyd, Irom Maiden, e, Black Sabbath, a menos que o senhor todo poderoso curta Rock não tem chance de nos unir em concerto.

Bem. Acho que vou ter que esperar a morte e rezar para que exista alma pra eu poder ouvir o que falarão sobre mim. Tirando como base quando tive AVE em que a família buscaram do fundo do poço e bem no fundo mesmo tantas lembranças de coisas boas que fiz.

Ah! Pera ae.

Eu fiz mesmo. Talvez sim desde que tenha sido favorável a quem relatou...

Uma boa noite

Texto: Sobre a Morte e os Mortos.

Autor: Osvaldo Rocha Jr.

Data: 15/05/2024 às 18:14