Reflexões da Vida

...Isto não precisa ser doloroso, o entendimento é necessário. O único problema existente esta dentro de minha mente, viver é bom. Por muitos anos atribui meus vícios, como se tivesse adquirido, sido levado a acreditado que havia me tornando quem não sou, e muito pelo contrario, me entorpeci e me rebelei contra a vida por nunca ter aceitado quem sou, a angustia, a vontade de morrer, frutos de uma negação, proibição a qual eu mesmo havia me imputado. Fugir constantemente da realidade gera graves consequências, prejudica a si e aos redor, causa estragos, afasta pessoas. Enfrentar a realidade é danoso, requer-se uma ampla necessidade de se impor ou estar simplesmente fadado a sucumbir dentro de si mesmo, se implodindo tal como seres não habituados a grande pressão, que no estopim de seu estrondo absorve seu entorno para a escuridão, tal qual um buraco negro.

Posso mentir para todos, mas nunca serei capaz de mentir para mim, eu estive por aqui quase todo o tempo, eu vi as coisas acontecerem, cansei estar cansado da vida, de ter a percepção de que um ente autoritário aponta o dedo e balbucia bem quais são os valores e comportamentos aos quais devo reverenciar. Por anos meus ouvidos estiveram atentos e astutos a essa voz que me guiava pelos caminhos de minha existência, enfrentei variados problemas por te acreditado, e hoje enxergo que nas configurações disponíveis nada poderia ter sido diferente, uma maquina programada para fazer buracos jamais poderia voar, logo, as coisas seguem as direções que estão disponíveis. A partir do momento em que me pus disposto a enfrentar qualquer questão para enfrentar a agonia de estar cada vez mais inclinado a eliminar minha própria vida reparei mais facilmente as nuances as quais eu estava sempre mascarando dentro de minha mente, e perceber que além do vazio derramado por alguém que não existiu em minha vida, foi sempre eu o qual não tolerava a imagem que enxergava no espelho. Estar querendo melhorar e voltar a superfície após anos de desespero tem me dado uma clareza magnifica, como poderia eu, um enorme entusiasta por exploração de lugares novos, entender o mundo se jamais pude ver com lentes nítidas coisas tão próximas quanto os eventos dentro de mim.

Se não posso aceitar e acreditar em uma realidade a qual me é inerente, que sentido faz querer viver. Estarei aqui brevemente, entre o caos e o cosmos, munido de um bilhete único, entregue aos pilares que causam ao homem espanto e aflição, curiosidade e fascínio. A fragilidade humana, as disputas que visam inflar o ego e se sentir no alto, tal como um balão de passeios. O medo do desconhecido. A ansiedade causada pelas incertezas. A estima constantemente abalada pelos próprios fracassos. A imensidão de uma realidade que pouco a pouco vem sendo compreendida, o universo, nós, a poeira de estrela dotadas de consciência. Jamais fugiremos do que nos faz parte. Enfrentar e resistir. Amar e cultivar o desapego. Se aprimorar e se tornar mais forte. E por vez entender que a verdade precisa permear dentro de si e se rebelar diante da liberdade aprisionadora. Fugas de prisões físicas requerem esforço físico, enquanto fugir da prisão da mente demanda persistência, coragem, resiliência e compreensão. Estar consigo e se sentir como um cacto isolado em um imenso deserto é indigerível, indegustável.

O que posso pensar é que já consegui e as batalhas serão travadas diante de uma astucia revigorante. Confusão se metaforseando em realização. É interessante perceber que a esperança persiste, resiste.