A eternidade

Bom, há tempos não volto aqui com assuntos importantes. Como disse em alguns textos anteriores, o livro que se está lendo influencia muito na sua escrita, sobre o que você escreve e como você escreve. Tenho lido algo que é de difícil compreensão, consigo extrair ideias, tento vivência-las, mas é impossível transcrevê-las.

Contudo, uma ideia particularmente achei interessante, sobre a eternidade. Na tradição hindi a eternidade não tem a ver com um tempo infinito ou um lugar físico em que se vê, mas sim sobre experiênçar toda a vida, onde não há espaço, nem tempo.

Já se pegou olhando o pôr do Sol de maneira profunda e de repente tudo parou? Não havia pensamentos, não havia preocupações, não havia você, somente Você. É esse tipo de sensação que representar a eternidade, aqueles poucos minutos que se fica ali, ligeiramente eternos, em que não se fala nada, não se ouve, não se vê, na realidade, você silencia tudo, escuta a voz do silêncio e enxerga uma parte da Verdade.

Somos eternos, disso não tenho dúvida, não consigo explicar com palavras, mas consigo lembrar de certas experiências, que guardo com minha carinho, onde registrei momentos na eternidade. Tudo aquilo é tão belo, tudo em harmonia, você, a vida, você como arte da vida, você como parte integral da Natureza. Isso é simplesmente esplêndido!

Sempre que houver momentos turbulentos, com emoções turbulentas e você saindo do seu centro e indo para emoções periféricas, lembre-se daquele momento, aquilo é eternidade, é o que importa na realidade.