As telas domesticaram os seres humanos?

Interessante essa analogia entre o trigo e o homem e o homem e as telas.

O trigo domesticado é muito antigo. Remonta a época de Jesus Cristo e até muito antes desse divisor histórico. E as telas dos computadores e celulares é muito mais recente (e isso é incontestável). Porém, não vejo sentido na inversão dos termos na frase "o trigo domesticou o homem". Contudo, não vou me prender à frase e a posição de seus termos.

Sobre as telas dos computadores e celulares, e dizer que essa tecnologia domesticou o homem, pensar dessa forma é um modo criativo de olhar para a realidade compreendida.

Do meu ponto de vista, o trigo não domesticou o homem, mas sim, possibilitou a criação de muitos produtos que beneficiaram a humanidade ( o pão de trigo está incluído aqui). Não sei exatamente quais são as consequências negativas ao corpo com o uso demasiado de trigo. No entanto, para falar sobre o mal que as telas podem causar à saúde, parece ser fácil, uma vez, que a maioria das pessoas estão expostas às telas diariamente e em várias horas por dia. Os efeitos negativos talvez fiquem óbvios quando o olho fica irritado, a visão fica cansada e desfocada. Embora tendo essa compreensão rasa sobre os efeitos colatareis causaudos pelas telas, ainda assim, não diria que as telas domesticaram o homem, porque não consigo conceber a ideia (nem como elemento criativo) para dizer que algo domesticou o homem, mas isso, talvez, pelo conceito enraizado que tenho sobre o ser humano em relação ao que produziram até hoje.

O trigo, assim como as telas, possibilitaram beneficios e avanços para a humanidade. O problema que eu vejo está no uso demasiado e na ausência de autodomínio sobre o uso de tecnologia. Com a ausência de autodominio, e consequentemente com o uso demasiado das telas, fez com que um contigente de pessoas se tornassem dependentes do sistema.

Sendo assim, digo que a criação das telas e o seu uso desenfreado, fez com que uma parcela dos seres humanos se tornasssem viciados no uso de computadores e celulares.

Não temos uma parcela de seres humanos domesticados, mas viciados em telas.