Saudade da Sabiá Mineira

ADORO música e sou fã de várias cantoras, Gal, Bethânia, Simone, nana Caymmi, Nara Leão, Elis Regina, Dalva de Oliveira, Ângela Maria, Rita Lee, Elisete Cardoso, Maria Creusa, Marisa Monte, Marrom… Mas há uma cantora, uma saudosa cantora, que quando ouço fico de bom humor e retempero minhas forças, volta o alto astral. Essa cantora foi e continua sendo CLARA NUNES. Hoje ouço menos suas músicas porque me emociono demais. Lembro que ouvi Clara pela primeira vez no som de uma Exposição de Animais em Pesqueira, o banco colocava um posto para atender clientes no parque da exposição. A música que tocou foi “Tristeza e Pé no Chão”: “Dei um aperto de saudade no meu tamborim/ molhei o pano da cuica/ com as minhas lágrimas/ Dei um tempo de espera para a marcação e cantei/ a minha vida na avenida sem empolgação…”. Foi paixão na boa que nem caldo de cana. Sofri muito com a morte precoce dela. Quando toca no rádio a música composta pelo marido dela Oaulo César Pinheiro e pelo saudoso João Nogueira, “Um Ser de Luz”, na voz da Marrom meus olhos marejam e eu choro paca logo que ouço os primeiros versos: “Um dia um ser de luz nasceu/ numa cidade do interior/E o menino Deus lhe abençoou/ De manto branco só se batizar/ Se transformou numa sabiá/ Dona dos versos de um trovador/ E rainha do seu lugar…”.

Saudade da Sabiá. William Porto. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 11/03/2024
Código do texto: T8017324
Classificação de conteúdo: seguro