Quando, Tragicamente, a Vida Imita a Arte

Faz alguns dias eu escrevi uma resenha sobre um filme chamado "Vortex", que conta a história de um casal de idosos enfrentando as dificuldades de um relacionamento numa vida matrimonial longeva. A trama ainda envolve a mulher do casal, que está sofrendo com demência. Hoje, tragicamente, recebi a notícia de que o tio da minha cunhada, que sofre dessa mesma condição, fugiu de sua mulher enquanto eles estavam indo a uma consulta no centro de São Paulo, e ele está desaparecido desde então. A mulher dele já sofria com a perda de memória e desconfiança dele, que, de vez em quando, acreditava estar na casa errada e não reconhecia os habitantes da moradia em que estava, algo que também ocorre no filme "Vortex". E é essa a função da arte, nos precaver sobre situações que não vivenciamos por conta própria, mas poderíamos viver, como é meio o meu caso com esse meu conhecido relativamente próximo a mim.

 

Eu tenho uma leitora principal, e através da quantidade de leituras do meu texto, baseio que ela tem predileção por determinados textos. Às vezes, me surpreendo como um filme cujo tema é tão central como "Vortex" não tenha caído muito nas graças dela e do meu reduzido público. Mas acho o tema que ele aborda vital, no qual muitas vezes a vida imita a arte.

Dave Le Dave II
Enviado por Dave Le Dave II em 15/02/2024
Reeditado em 16/02/2024
Código do texto: T7999743
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