A crise da nossa finitude

Fizeram do tempo o grande controlador do amanhã, endossado pelos avanços biomédicos e indústria farmacêutica na ilusão da eterna juventude, tentando conter a angústia da incerteza. A morte deve representar à vida uma possibilidade de tomada de consciência de nosso processo existencial.

A palavra de ordem é controle: sobre a vida, sobre as nossas características fenotípicas, sobre as doenças, a beleza, as reações emocionais, enfim. Percebe-se o quão frágil está o ser humano diante das próprias dúvidas e vazios. A morte passa a atuar no antifluxo da vida e não como um processo natural da mesma. A morte, ironicamente, tornou-se apartada, adversária da vida.

Psicólogo Luis
Enviado por Psicólogo Luis em 15/01/2024
Reeditado em 15/01/2024
Código do texto: T7977275
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