A meta!

Se o resultado leva ao nada encoberto pela neblina do ponto de chegada, mascarado pela ilusão de ter lutado tanto e vencido uma guerra sem ganhador, todos os caminhos serão úteis...

Mas se o resultado gera aprendizado, influencia positivamente outras trajetórias, estende-se da praticidade à poesia da vida, ainda que por vezes retrocesso, toda e qualquer volta a origem, ao centro, nos impulsiona a sermos melhores.

Faz-se um caminho, entre desalinhos, ora olhando as estrelas do mezanino, ora sentindo o sol a pino de meio dia sentados no meio fio.

Perceberemos o dom da vida, racionalizando? Perderemos a praticidade, sonhando? Atingiremos a profundidade sem ir à fonte do ser? Aquece-nos viver na superfície monótona, sem música, pouca bagunça ou sem colorido?

A meta, a seta, o alvo, deixarão de ser, perderão a sua função, durante a trajetória? Certa ou errada, toda trajetória chega a algum lugar, com inquietude ou não, com pressa ou não, indo ou ficando, sorrindo ou chorando...

A meta, a corrida do tempo ao qual fomos lançados, faz-nos substancialmente medíocres se não querermos enxergar a vida que acontece no caminho, no agora, se vivermos a espera do ponto que nunca chega, se tivermos valores pessoais frágeis ou não querermos fortalece-los enquanto caminhamos. Mas ainda assim somos a seta, lançada ao alvo, a meta... ao mundo que as vezes queremos nos sujeitar, conscientemente nos entregando dia após dia, até sermos resgatados, direcionados a verdadeira meta, ao evangelho.

KD.

09/10/2023

Keith Danila
Enviado por Keith Danila em 09/10/2023
Reeditado em 09/10/2023
Código do texto: T7905003
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.