O PÉ DE TAMARINDO

Francisco de Paula Melo Aguiar

O pé de tamarindo de Augusto.

Sombra de outras eras.

Vive ainda mais que justo.

Abrigo gratuito das quimeras.

Enquanto o machado bronco.

A exemplo do passado.

Não cortar seu tronco.

E o tempo passar o arrado.

Arrancando suas raízes.

Sentença dos seus antepassados.

Do mesmo solo como matrizes.

Mártires do tempo arrancados.

Debaixo do tamarindo.

Tudo é simbolo surreal.

Em verso e prosa do tempo indo.

Na véspera do último funeral.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 08/08/2023
Código do texto: T7856228
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