CORRENTES INVISÍVEIS
Sabe quando tudo parece desmoronar?
Pois é.
Justo nos piores dias as coisas vem a tona,
As quais tinha resolvido esquecer,
Bem lá no fundo de minh'alma.
Bom, pra ser justo, eu sabia que esse dia chegaria.
Pensei que poderia adiar até um futuro distante.
Me enganei,
O interesse das pessoas em cuidar da vida dos outros é tão grande,
Que buscam o que quer que seja,
Para então persuadir e expor até os detalhes insignificantes.
Quão cruel pode ser essa invasão?
Devo dizer, é devastador para aqueles que possuem inúmeras amarras,
E sente a obrigação de viver uma vida estipulada por terceiros.
Nessa corrida agonizante que a mente e o coração disputam,
Somos tragados por tanta insegurança e desespero,
Que a menor faísca causa um grande incêndio.
Nessa busca constante de achar um significado,
Um motivo,
Uma razão, por mais banal que seja,
Nos levamos a acreditar que somos ruins e que tudo é uma droga,
Que talvez, e eu disse "talvez" não deveríamos nem existir.
Não é fácil está em conflito interno,
Nem tampouco ser exposto,
Não deveria ser importante para ninguém além de nós mesmo,
Esse momento de descobrir e aceitar cada particularidade que fazem de nós seres únicos.
Não cabe a ninguém esse direito sobre o outro,
Nem mesmo o vínculo mais significante,
Somos quem devemos ser,
E por assim dizer, nascemos desta forma,
Devemos nos amar por quem somos,
Não por quem os outros esperam que sejamos.