Um dia

Sim...

...Eu poderia desistir de tudo! E encontrar em tal covardia um mistério que me cabe... muito embora as tantas coisas da existência não sejam dizimadas em nenhuma natureza. Eu não sei quem sou realmente. Às vezes o abismo do "eu" é tão convidativo, e nas tantas saídas da tristeza este meu "ser" sempre estaria só? Eu sei que é inútil... eu sei que não vale a pena pensar muito nisso... eu sei que entre um sono e um normal despertar todo recomeço é igual! (No entanto jamais possuí essa certeza que me corroboraria) E, com os mesmos questionamentos deste espírito caído eu voltaria novamente pro famigerado buraco, que tanto cavo hoje. Dá um louco desejo de dormir por um tempo... ninguém pede pra ser feliz ou triste na inocência vulnerável. Eu mesmo nem posso confirmar se escrevo isto com a razão e com as faculdades de um adulto certo de si. Se o medo vem em mim, e, as muitas faltas entre as consequências de um milagroso ser Humano me favorece "prefiro ser esse verme finito". Me busca Pai, me ajuda mãe, me abraça meu irmão... me dá tua mão ó grata irmã... eu estou me afogando... eu estou me afogando... eu estou... me afogando! Haverá um futuro onde as feridas e as muitas fraturas das ruas irão cessar? E, se meu coração bastante dói essa culpa é toda minha, e, destas pedras que carrego faminto... mira, Deus virá nos buscar, um dia.

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 17/06/2022
Reeditado em 17/06/2022
Código do texto: T7539521
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