Imunize a alma da esperança

Não sei se é pura malandragem

Se ao exorar é o de todo fingido

Não tem jamais a boa jovialidade

Ante o semblante caro descorado

Acabado nesse meio amadorismo.

Não vai renunciar de subir a rampa

Não se desafie na mente tão sapeca

Aérea a turma se inventa embriagada

Tenha dó dos espíritos lá da esquina

Aproveite e apresente a nova canção.

Onde é que estão às peças saudáveis

Tiradas lá da valentia do esconderijo?

No braço foi injetado o líquido do bem

Se você se recusar não terá propaganda

Na cabeça nua sangra, sonhos poluídos.

Na moita a nova cartilha cede autografada

A romancista estranha, o vil casto déspota

Oferece sem mágoas, os bons pensamentos

Olha pelo curral, o gado sequestrando o céu

No grito seco enxovalha a entalada garganta.

A criança aperreada produz a tal felicidade

Se no dia amanhecer sem alma da fina flor

Deixa fora do peito o sopro dos dissabores

Prontos para preencher o jogo das malícias

Se cair chuva plante samba na minha horta.

Cromeu
Enviado por Cromeu em 03/01/2022
Reeditado em 08/01/2022
Código do texto: T7421194
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