A construção

Não sei ao certo quando a nossa consciência humana compreende o que é o verbo construir. Imagino que tão cedo aprendemos a construir frases inteiras, mas e a essência desse verbo (fazer nascer, criar, transformar, ressignificar)?

Seria fácil responder se olhássemos todo o caminho que nos conduziu ao lugar que estamos, conseguindo perceber que a construção é intrínseca ao formar da consciência reagindo aos estímulos externos. Logo, reagir também é um estímulo para construir e distante de ser o único, nós descobrimos que a partir de tantos estímulos diferentes somos capazes de criar, fazer nascer, transformar e construir algo novo, executando o hoje e planejando o amanhã.

Uma construção civil nasce na intenção, passa pelo projeto, planejamento, execução e por fim finalização, e apesar de alguns desses movimentos serem intrínsecos e naturais a nossa própria vida a linha do tempo ou a fase que deixamos de efetivamente executar é distinta para cada um. Por isso a premissa: faça agora, não deixe para depois. Engana-se quem entende que a construção encerra com o ponto, o que termina é a pressa, o que se planeja, o não poder executar… já que nossa construção pode ainda continuar nas pessoas que ficam.

Muito mais do que sonhos, planos, projetos, construir uma vida diante do que já foi vivido, mas com intenção de fazer surgir algo novo, é um trabalho árduo e preciso, e por isso que digo que não sei dizer quando o ímpeto de construir cria formas, sentido de nascer algo novo ou ressignificar o que já foi vivido, o que sei é que para mim só torna-se possível quando aceito a Cristo.

Se formos olhar para nós como criação entendo que reconstruir uma geração doente é plantar diariamente uma semente da educação efetiva que compreende o próximo anulando os próprios julgamentos e portanto abdicando-se de si mesmo, exemplo do que para mim representa a expressão máxima do amor de Cristo e da compreensão do sua responsabilidade de construir.

Da responsabilidade de um homem que compreende bem cedo que nasceu para criar algo novo, a servir seu pai com fidelidade, salvando-nos quando nos compreendeu, amou, perdoou, transformou, enchendo-nos de propósito porque desde cedo já lhe apresentaram o seu.

Para essa pergunta, um homem, um mundo, gerações, uma construção…

E para com ela o amor real e genuíno!

10/11/2021

Keith Danila
Enviado por Keith Danila em 10/11/2021
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