Vazio

Às vezes, é difícil continuar quando não há um caminho a seguir. Desenhamos tantos caminhos, e no fim estamos sempre sozinhos. O que queremos, o que querem de nós…o que gostamos, ou de quem gostamos. Quem de nós possa gostar, de braços abertos querer…e abraçar. Não há certezas. Não há razões. Há um mundo de dúvidas e indecisões. Dar o nosso melhor, as nossas fraquezas, o nosso ser, amor, dor e incertezas. Ser de verdade, no balanço do tempo e sem vaidade. Hoje, queria acreditar que todo o fim pode ser um começo, e virar a vida…tão difícil de viver, do avesso. Desculpa, vida, tão vivida e desmedida. Difícil, não és. Sou eu, somos nós, os outros, aqueles e o estarmos sós. Tenho o mundo nas mãos, e tantas vezes o deixo escorregar. Tenho sonhos tão compridos, que não os consigo alcançar. Dizem que voar é deixar viver, que amar é deixar voar, vivo com as asas abertas e não as quero mais cortar.

Quando somos aquilo em que acreditamos, não há tempo para esconder medos nem segredos. E que me passe a vida entre os dedos… E que passem as horas, os dias…os anos, seremos sempre momentos, vivências e passos que causam danos. Que passe tudo, que vá ou que regresse, e o meu coração, sobretudo, que tanto sente e sabe mas nunca arrefece.

Sinto-me vazio, à espera do meu lugar, e enquanto procuro e aprecio, é preciso saber amar.