Senoidal

Gosto de ver os altos e baixos da vida como uma curva senoidal que transita-se entre picos e vales sem jamais retornar ao mesmo lugar.

Diferente de uma roda gigante de altos e baixos em rotação de 360°, o próximo vale jamais será como o vale anterior, ainda que se pareçam. Não é exatamente igual, porque nós não somos os mesmos, não recomeçamos a subir do impulso "zero", mas da experiência que já adquirimos.

Engana-se quem almeja a constante permanência e resiste ao impulso da queda ou da subida, porque só estamos estagnados quando logo a frente subiremos ou descaímos entre acontecimentos que nem sempre depende de nós.

Gosto de comparar a curva senoidal ao movimento da vida, porque o comprimento da onda é o aprendizado que adquirimos dela e todas as vezes que penso estar estagnada me lembro de resistir e persistir.

Persistir quando o movimento a frente for subir, resistir quando o movimento seguinte for descer, persistir e resistir quando estivermos estagnados.

Assim, aprendemos a ver os altos e baixos não como instantâneos retratos que capturam os milésimos de segundos nos picos e vales, mas como um rolo de filme, observando o todo, contemplando a vida enquanto resistimos e persistimos.

De passo a passo, a trajetória se faz e quanto menos percebemos já percorremos muitos ciclos em um dado intervalo de tempo. Sendo a frequência resultante não da permanência entre sempre persistir ao topo, ou resistir a queda, mas quantos ciclos seremos capazes de aprender seja subindo ou caindo na contínua onda que é nossa vida.

E aprender sobre nós é tão importante quanto aprender sobre o outro que nem sempre estará na mesma frequência, mas também tem uma trajetória, ciclos, altos e baixos e está em evolução.

y=acontecimentos

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= + + + +

= + + + +

= + + + +

=+ + + +

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= - - - - x=tempo

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= - - - -

= - - - -

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aprendizado

07/05/2021