"Cada qual na sua solidão"
Ela prefere a ilusão da lua para não aglomerar os sonhos em mais uma noite de março que não trás afago. Indago que ela perdura em si sentimentos tão vagos nesse céu de pensamentos intactos sob uma lua que a faz sentir-se assim tão frágil.
Ela prefere a companhia do nada ao chorar calada por quem não preenche o vácuo de um coração já remendado de afetos, que não se fazem versos. Ela não rima mais o que não faz bem. Mas vai além para ouvir sua remissão e se preciso for, ela brinca com a lua em uma noite de março e juntas flutuam cada qual na sua solidão.
Toma jeito poeta!
Texto Fathima Gommes