Ciclos

Às vezes construímos teias nas paredes do túnel do nosso tempo. Muitas vezes ficamos nós mesmos presos nessas teias e não conseguimos prosseguir para o futuro como deveria ser, vamos a passos lentos... outras vezes pessoas caem em nossa teia e a s embrulhamos, como fazem as aranhas. De vez em quando, voltamos e nos alimentamos daquela lembrança velha, alimentos podres, e vamos prosseguindo lentamente, arrastando uma necrópole na lembrança e outra no coração. Não deixamos que o ciclo avance pelas paredes livres, não deixamos que as pessoas desocupem o lugar onde morreram em nós para que outras pessoas cheguem fazendo faxina. São nossas teias que nos prendem, nos atrasam...

18/02/16

Paulo Siuves
Enviado por Paulo Siuves em 18/02/2021
Código do texto: T7187626
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