PARA LÁ DAS SOMBRAS

Arriscar sair da nossa caverna, é arriscar questionar, refletir, analisar a fundo as ideias, as crenças, que achamos ser as corretas, é arriscar delimitar em que realidades versus ilusões é costumeiro pairarmos, enfrentando o receio de errar, a possibilidade de se enganar, mas também escancarando a possibilidade de descobrir novas realidades…

Que sombras existem na nossa vida? O que nos limita? Quais as correntes (ideológicas, emocionais, culturais...), que nos fazem andar em círculos e que nos impedem de ir em frente, de ter a curiosidade, e a ousadia, de olhar para lá daquilo que se nos apresenta como óbvio, como certo, como uma verdade absoluta, mas que, a maioria das vezes, resulta de uma forma costumeira de olhar as coisas e de as pensar ou de nem sequer as pensar…

Duvidar do óbvio, do que “achamos que sabemos”, tentar buscar a essência das coisas para além do mundo sensível, aguçar o sentido crítico, é arriscar perder o conforto da caverna onde se vive arraigado a um mundo de ficções e ilusões, mas é poder ganhar uma vida mais desvendada onde a realidade é muito mais vasta do que aquela pequena parcela a que estávamos acostumados.

Processo difícil, este, da busca de conhecimento fidedigno, aprofundado, um conhecimento maior do mundo e da vida, em detrimento do conhecimento vulgar, superficial e de muito menor dimensão? MUITO… que o diga o homem que na alegoria da caverna de Platão, iniciou uma diferente jornada para lá da parede das sombras…

Pimentel Teixeira Paula
Enviado por Pimentel Teixeira Paula em 26/12/2020
Reeditado em 26/12/2020
Código do texto: T7144536
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