NÃO SE VENDA POR UM POUCO DE AR

Em 1990 foi lançado um clássico do cinema, o filme 'O Vingador do Futuro', que teve como protagonista Doug Quaid, interpretado pelo ator Arnold Schwarzenneger, um trabalhador da construção civil que decide tirar umas férias diferente, utilizando de um implante de memória simulando uma viagem ao planeta Marte, sendo que algo dá errado e ele acaba vivendo uma verdadeira aventura no planeta vermelho. As eleições municipais já estão aí e os candidatos já deram a largada para suas campanhas, pedindo nossos votos, como já é de se esperar. Sim, mas e daí? Onde estou querendo chegar?

Pois bem, sem querer dar mais spoilers (mas já dizendo), o enredo, que se passa em um futuro distante, pelo ano de 2084, apesar de passados trinta anos após o lançamento do filme, e estarmos a uns sessenta e quatro anos de distância desse futuro fictício e também nem sequer termos nem pisado ainda em solo marciano, contém uma prática que é bem familiar à nossa realidade há muito e muito tempo! Na ficção, o governante corrupto da colônia de Marte mantém um maior controle sobre os habitantes através da emissão de oxigênio a seu bel-prazer, podendo restringir quando quiser, o que faz com que um grupo de pessoas se rebelem e encontram respaldo em Quaid, que no final consegue vencer os vilões e liberar todo o oxigênio que estava mantido congelado no centro do planeta, libertando aquele povo.

Assim como na ficção, infelizmente muita gente não se opõe aos mandos e desmandos dos políticos e acabam até se tornando cúmplices dos malfeitores ao aceitarem suas migalhas, inclusive com a compra de votos deles já em época de eleição, como agora, o que é bem comum, principalmente aqui no nosso país. Logo, coisas que são nossas por direito, quase que como o simples direito até de respirar, acabam virando moeda de troca de certos candidatos, o que alimenta o ciclo vicioso da corrupção na gestão pública.

Portanto, saiba escolher bem seus candidatos para a câmara e a prefeitura do seu município, analise o seu passado e as suas propostas. Não se venda por "um pouco de ar".