A ESCUTA

Um tempo novo há de surgir. Hábitos antigos, tecnologias de ontem e hoje estão ocupando espaços importantes na vida das pessoas em isolamento. Abraçar e amar já não são verbos abstratos, são desejos de estar perto, de ter uma oportunidade de valorizar o que a velocidade das demandas capitais e laborais impedia a fazer. Agora escutamos melhor. Queremos, mais que nos escute, ouvir a outra. Se for possível, que ela seja uma avó, o pai, a mãe. Bem de pertinho. No colo. Olho no olho. Sem máscaras.

Aguarde. Todo bem, todo abraço e o amor pela humanidade ainda existirá. É possível que um de te conheça e te escute. A conversa poderá ser sobre seus projetos de vida. Sim projetos, porque somos capazes de pensar e realizar mais de um. Quem já escutou alguém falando de seus sonhos. Que esteve ao lado de quem celebrou uma conquista. Como é bom comungar o bem-estar de alguém. Seu coração queima quando descobriu que é possível servir a alguém, sem nada em troca?

Esse tempo que vivemos é o retiro que muitos já viveram. Meditar. Discernir. Ver. Rever. Escutar. Comungar. Agradecer. Acreditar. Você tem a possibilidade de fazer tudo isso e algo mais. Por ti e por outra pessoa. Hoje, de casa, vamos acolher a fala de alguém. Lance mão de seu smartphones. Com o coração e a câmera na mão vamos reconstruir nossas relações. Eu acredito que o mundo será melhor.

Este texto é o primeiro de alguns a serem redigidos em meu isolamento social. Vou chamá-los de REFLEXÕES SOBRE NOSSAS ESPERANÇAS.

Obrigado pela leitura (escuta).

Carapicum
Enviado por Carapicum em 07/05/2020
Código do texto: T6939824
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