Hoje serenou

Hoje em meu peito serenou o tilintar do tempo,

E, vendo o reflexo dos meus olhos em águas azuis-anis,

Pude ver o quanto percorri até aqui e sobrevivi!

Despojando pequenos fragmentos meus, que se tornaram ateus.

Repondo sonhos, que em minha fragilidade um dia disse adeus.

Desbravando novas sendas, caminhos virgens cheios de incertezas,

Mas que fizeram o meu coração pulsar e muitas coisas vivenciar,

Trocando vestimentas pesadas, em troca de uma “par de asas”.

E, num imenso mundo subjetivo voei, explorei-o e me apaixonei.

Ao se dar conta do seu infinito, do seu eterno vir a ser,

Entre "casulo" em noite fria, o meu corpo envolvi e adormeci...

Pois ao cair do sol e novo advir, tal como borboleta avante segui.

Juliana Martorelli
Enviado por Juliana Martorelli em 25/04/2020
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