O eterno... Deus.
Fecho os meus olhos e por segundos finitos a minha alma vaga.
É peregrina, como espírito livre que se expande e se acolhe num corpo que é o Seu temporário lar. Sinto o cheiro de um verde vivo, e o som de um silêncio interrupto eco da minha respiração. Teu vento gélido transporta a matéria frágil à Sua planície e imensidão, por onde meus pés cansados caminham, mas não sinto fome ou necessidade alguma de pressa... Meus caminhos são Teus, e em meus pés não há nem mesmo Suas sandálias, em Teus destinos o medo esvai como aquele pequeno rio que nasce entre os montes, e flui a um mar de Tuas certezas. Tu estás lá, quando aninho meu olhar sobre Teu existir, tão vasto, solene, harmônico e majestoso.
Tu és real como ouvir os pássaros em revoada, És alimento como desfrutar de um doce envolto em simplicidade e nostalgia, És a ordem e a confiança de um firme fundamento, És tão sólido como acordar e desfrutar do Teu abraço nessa madrugada.
És o eterno em toda extensão do hoje!
És o secreto, porque não caberia outro sinônimo algum.
24/02