• VERSÃO ÍNTIMA ²

Moça, quem sabe não é? Quem vai saber? Quem vai saber “se” vai ter café com sorrisos ou aquela viagem para algum lugar onde possamos ficar um tempo juntos. Quem vai saber “se” vai ter seu nome escrito no espelho, com todos os elogios feitos na tonalidade vermelha que realça e ressalta seus sorrisos. Quem sabe, vou poder descobrir “se” minha camisa branca fica bem em você como foi sonhado e imaginado, com salto alto e banho de vinho. Quem irá saber “se” beijar seu umbigo, vai provocar seus sorrisos e ainda fazer você acordar de bom humor quando alega acordar mal humorada. Quem vai saber? Moça, quem sabe vai ter você sorrindo ao acordar com café na cama, e termos de guardar aquele urso de pelúcia porque não quero ser interrompido ou ficar receoso de ouvir falar alguma coisa. Quem sabe, não é mesmo? Quem pode saber, “se” irá ter trilha sonora, cenário sob medida, contexto e roteiros para desfilar seus melhores sorrisos, para poder decifrar e desvendar os mistérios e segredos, de seu olhar, de sua alma e coração. Moça, talvez seja para ser assim, apenas um “se” entre nós, do destino ou obra divina, que fizesse compreender que expectativas, possibilidades e oportunidades, são apenas uma forma de passarmos pela vida, as aspirações e anseios são apenas uma forma de não desistirmos diante da realidade, que os sonhos e a imaginação seja apenas um artificio divino, de promover o paraíso, como uma recompensa após o fim, e não uma dádiva para ser apreciada e aproveitada em cada segundo da vida. Talvez “se” seja mesmo, a ilusão do quase, ser quase perfeito, ser quase feliz, ser quase importante na vida de alguém, mas que descobrimos ao longo do caminho, sermos apenas artifícios ou ponto de referência na caminhada, para separar passado, presente e futuro, em emoções, sensações, sentimentos em lembranças que guardamos na mente, cravadas e gravadas na alma e coração. Quem sabe não é mesmo? E “se” não fosse o passado, não tivesse encontrado você no presente, mas não existe um futuro distante, ou mesmo um futuro amanhã, apenas o segundo presente, do encontro e do desencontro, do ser encontrado e encontrar, e nunca sabermos apreciar e aproveitar todos os detalhes, de fazer de cada detalhe a fórmula mágica, divina e inexplicável de criar vínculo, de fazer laço, de ser presente e estar presente, de verdade na vida das pessoas. E tudo isso, é assim mesmo, uma incerteza e dúvida, do “se”, do quase, do amanhã certo que não existe para ninguém.

Quem sabe, não é mesmo? Quem sabe “se” esses sorrisos irão ser mais bonitos e atraentes quanto todos aqueles sorrisos que sonho provocar em você, que imaginei ser capaz, que sonhei poder inspirar na sua alma e coração para tornar você aquela “mutante” viciada em cafuné, de carinhos e beijos, de caricias e carinhos que erice sua pele, mas arrepie ao provocar sorrisos em sua alma e coração. Quem sabe? Moça, quem sabe não imagino quem saiba a resposta para essa indagação, para a incerteza e dúvida que uma questão assim provoca, mas tudo que posso e ouso pensar, é não importa quem saiba, na verdade acredito que nas segundas intenções existia uma pretensão ou mesmo um propósito, talvez ser capaz de fazer você sorrir além do horizonte, ou mesmo em um lugar qualquer ao lembrar de mim, ao imaginar nós dois, ao sonhar acordada e sorrir sem explicação por sentir ser amada, querida, desejada, por ser um bem querer imenso e intenso, que escoa pelos dedos em forma de letras, que ecoa no infinito na imaginação fértil, que parece ser um capítulo de uma história que seja para sempre. Quem sabe, não é moça? Talvez saber, na verdade sentir, faz toda diferença, quando escolho seu sorriso para provocar, quando escolho você para querer ser uma obra prima sonhada e imaginada, aquele capítulo de uma história com tantas reviravoltas em que tudo parece ser possível, porque tudo fica diferente, e parece fazer diferença ao abrir os olhos e acordar, ao ir dormir e não sentir estar ou ser sozinho. Talvez, saber não faça sentido ou possua significado, seja mesmo significativo a dúvida, a incerteza, e deixar acontecer, sem planos, sem propósitos, sem projetos, sem querer mas ansiando tanto de forma que a cada dia, a ausência é sentida, a falta não pode ser preenchida por nada, e tudo parece fazer sentido ao imaginar um sorriso, um abraço, um cafuné, mesmo acordar de madrugada e descobrir que todo seu universo é compactado em um momento, que não deseja que termine, que comece de novo com a experiência do dia anterior para não cometer erros e equívocos. Moça, quem sabe não é? Eu não imagino ou posso pensar que alguém possa saber a respeito, mas quero que sempre sinta, que ainda que não esteja mais por perto ou próxima, que seja o destino ou escolhas, atitudes e atos, em todos os momentos, foi você quem sempre quis saber, “se” iria ficar, foi você quem sempre quis saber “se” iria descobrir e desvendar sua melhor versão, encontrar sua forma mais íntima refletida no espelho com um imenso sorriso, mas não apenas um sorriso qualquer, mas aquele sorriso que fosse revelar e mostrar a melhor e mais intensa, a verdadeira versão de você E quem sabe, para mim, é a opção de quem nunca será prioridade na vida de ninguém.

• Damien Lockheart ²

DAMIEN LOCKHEART
Enviado por DAMIEN LOCKHEART em 20/01/2020
Reeditado em 20/01/2020
Código do texto: T6846190
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