Esperança

Esperança é saber -se contemplado por olhares, muitas vezes, sequer notados. É sentir que em algum lugar, nesse plano ou não, há uma luz, um bem querer, uma energia que emerge quando tudo parece se esvair. É perceber que o fim não é onde pensamos chegar, pois além desse lugar há plenitude, abundância de saúde, de euforia, alegria que jamais ousamos experimentar. Esperança é crer que nem sempre o nosso saber denota o futuro que nos espera logo ali. E assim, entre risos e murmúrios, vamos fluindo. Vivemos, às vezes, como seres automatizados, simplesmente repetindo as rotinas diárias. Nada de novo, nenhuma conquista, nenhum esmero, repetições cotidianas, como se a vida fosse uma sequência de fazeres. Esperança, quiçá ser capaz de mudar enfadonha existência, aperfeiçoar o que sabemos, descobrir, desbravar, trilhar outros caminhos, fazer dos espinhos aliados do dia, compreender que fantasias fazem parte de um todo cuja visão limitada ainda não pode enxergar a possibilidade de se concretizar. Esperança é vida! É fazer desta lida oportunidade de ser, de querer e chegar. Deixar cair as mazelas e sustentar-se nessa trajetória, valorizando cada experiência tal qual aprendiz que faz de cada observação momento de imersão na deliciosa e vasta estrada do conhecimento. Esperança é saber -se capaz mesmo quando todas as evidências traduzem o contrário. Esperança é força desconhecida. É ressurgir a cada amanhecer e ver que o ar continua ao seu dispor, basta apenas inalar, manter-se aqui vai além de existir! É muito mais profundo... É bem mais do que possamos compreender... Vem de outras esferas e quando menos se espera, tudo pode cessar. Mas ainda assim, não chegamos ao fim. Esperança é saber que depois dessa vida, não deixamos o cosmos, prosseguimos por aí... Esperança é assim... Mas essa é a minha verdade... Outras devem existir...