Ferida que não cura

O costume da dor

Que vicía

machuca devagar

As vezes some

Parece que não existe mais

Mas só de pensar

Explode o peito

Descarrega ao vento

A vontade de chorar.

E todos esses carnavais

Que me lembram sempre o início de tudo

Da ferida que não cura

Que me fez acostumar

Que a dor vicía

Machuca devagar.

O peito calejado

É impossível de esquecer

O dia que tudo mudou

O dia que perdi você.

Descobri que não ti conhecia

Descobri o desejo de saber mais

Sobre aquele cara bacana

Que ausentou-se nos funerais.

Não teve chance de escolha

A bala multiplicou-se em várias outras

Fez parar mais que uma respiração

Acertou uma multidão

Me viciou na dor

E me fez acostumar

Com a ferida que não cura

Que machuca devagar.

A i l o c n a l e m
Enviado por A i l o c n a l e m em 09/07/2019
Reeditado em 27/09/2021
Código do texto: T6692269
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.