Relação Circular

Como tudo se repete e ira se repetir indefinidamente pela eternidade eu peço que nosso encontro nessa vida seja como um circulo. Sem começo, sem meio, sem fim.

No esplendor do ser o que se é. Sem medo de findar. Sem o peso das atitudes carregadas pela insustentável delicadeza do sentir.

Sem remorso de amor. Sem um fio de dor.

Juntos, reunidos em nossa busca de nós mesmos, procuramos não ficar cegos aos acasos do quotidiano que nos cerca. Procuramos juntos encontrar a beleza em pequenos momentos. Em pequenas estrelas. Em pequenos abraços eternos de um segundo.

Abraços estes que procuram anular as fronteiras que existem de corpo, alma, tempo, espaço, realidade e sonho.

Fronteiras quebradas também pelo som de sua voz mansa, calma, firme, leve, suave. Essa voz que libera minha alma das amarras da realidade fria e dura. Me libertando em sonhos os quais desejo que sejam reais quando estou acordada. Sonhos que me fazem sentir a vertigem dos sentimentos a flor da pele.

Me sinto arremessada em um rio de palavras e sentimentos que sempre escrevo a você, na tentativa de existir um porto seguro para que eu aporte minhas alucinações.

E assim sou levada a sua presença pelas profundas correntezas de minhas divagações infinitas. Hora vinda das águas que você me faz perder hora caída dos céus que você me leva.

Seria eu uma leitura diurna ou noturna?

Estaríamos enterrados em nossos prazeres ao ponto de não querermos sair por tempo infindável?

Seria este tempo infindável apenas um momento de suspiro dado em seu pescoço em uma hora em que somos observados por dezenas de olhos?

O eterno momento do olhar... do abraço... do tocar... do sentir você... Em sua essência de silenciar.

Nisa Benthon
Enviado por Nisa Benthon em 20/06/2019
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