As dores no mundo

Eu abri a janela, e o céu estava azulzinho, um céu de anil!

O dia me chegou com o sol radiante e uma brisa maviosa.

Contemplei por alguns instantes aquele teto límpido e azul.

E na imensidão desse pequeno pedaço de tempo,

Eu vi lá no alto, a paz refletida sobre a minha cabeça!

E então, pensei com os meus botões!

Quantas pessoas nesse momento queriam ter essa senhora,

Que é digna! E deveria estar presente em todos os lugares do mundo!

Em todas as cabeças, em todas as mãos,

Em todos os países e em todas as casas.

Essa deusa maravilhosa!

Que é a dona de toda felicidade existente!

Em toda essa bola azul, a qual, temos como morada,

E a chamamos de terra.

A magnifica, a majestosa, A Dona Paz!

Às vezes reclamamos das coisas que não dão certo no nosso dia

E não percebemos, o quão são pequenas, quando comparadas

Com as desgraças alheia!

Que são, muitas vezes imposta a outras pessoas!

Não pela sorte, tampouco pelo seu querer e muito menos por Deus!

Mas, pelas as mãos de alguns Homens,

Pela a ambição de alguns,

Pela a cobiça de outros seres iguais!

Falo desse povo, que foge, que luta, que sente as dores no mundo,

Que sofre ao ver os seus morrerem nesses conflitos bestiais!

Nesse jogo de interesses,

Entre Homens e Homens!

Essa gente, que carregam sobre os seus ombros as mazelas da guerra,

Que trazem em seus rostos os horrores!

A triste realidade vista pelos os próprios olhos,

As dores realmente sentidas!

As feridas expostas no corpo e indeléveis cicatrizes na alma!

Os fatos, de fato vividos.

A crueldade na natureza dos Homens!

Que viram o mal, que alguns Homens, podem fazer a outros!

E trazem em seus corpos o pouco que sobrou,

Partes de vidas quebradas.

Há coisas que só os nossos olhos podem nos dizer!

Esses sobreviventes os quais chamamos, refugiados.

Agora apátridas, muitos sem nomes, tantos sem casa

E todos sem paz!

São seres tentando fugir do inferno nos Homens!

Jogam-se no sal das águas, e o mar, que dantes fora tão temido a essa gente!

Diante da necessidade, torna-se a principal rota de fuga.

O risco iminente de morrer nas águas, é mais aceitável, do que continuar

Na sua pátria, no seu berço, no seu lar!

Eles fogem! mas para onde?

Alguns são encontrados amontoados em frágil embarcação,

Outros tantos, são achados sobre as águas,

Já sem a preciosidade pela a qual eles tanto lutaram,

A Própria vida!

Enfrentando as intempéries do tempo e a crueldade encontrada

Em alguns dos seus semelhantes!

Eles tentam encontrar, em terras, que não os querem!

A paz, que lhes foi tirada.

São mães, são filhos, são pais, são parentes, e acima de tudo,

São seres humanos!

Embora parecidos agora com fantasmas!

Sei que temos muitos problemas em nosso país, em nossa casa.

Mas por maiores que eles sejam

Não chegam nem perto, da Peste!

Que, é, a guerra!

E não estamos tão longe dessa infelicidade!

Certa vez um Homem falou “Que o vazio no Homem é do tamanho de Deus!”.

Edivaldo Mendonça
Enviado por Edivaldo Mendonça em 15/12/2018
Reeditado em 15/12/2018
Código do texto: T6527471
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.