O Tempo...

Às vezes o tempo caçoa de mim,

Silencia por todo o dia, como se eu não estivesse aqui.

Não quer dialogar, nem ao menos ficar ou me escutar.

E me deixa num canto da sala no intuito de me fazer pensar.

Mas tem dias que ele vem ruidoso e abraça-me, deixando-me quase sem ar...

Arrancando de mim um sorriso meio sem graça como de quem que acabou de acordar.

Abrindo a cortina do quarto e iluminando minha alma,

Fazendo cócegas para que eu pule da cama com um mantra que me acalenta e me chama pra na vida atuar!

Levando-me ao chuveiro quente, dando um banho no meu corpo e em minha mente.

Sorrateiramente ofertando-me um cheiro de café bem quente...

Daqueles que anima a gente, a nos vestir de cores,

E a experimentar sabores de um dia que vai começar.

Daí eu vi que nem todos os dias são pardos ou nublados.

E entre os altos e baixos, desde a tenra infância, ele estendeu-me a mão, a fim de levantar-me para seguir, para continuar, se jogar, aventurar...

Ele estava junto aos meus pais, aos entes queridos e com meus amigos,

Como uma forma de sempre estar comigo, como hoje, e ver-me como mulher ao seu lado se tornar.

Eh! O tempo nos presenteia com muitas lições, amadurecimentos, conhecimentos...

Precisamos apenas de um olhar com sensibilidade para vê-lo passar.

Ele constrói muitas coisas, e destrói outras,

Mas, sempre no intuito de estando em nossas vidas, em nossa evolução auxiliar.

Juliana Martorelli
Enviado por Juliana Martorelli em 26/01/2018
Reeditado em 07/08/2018
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