AS DOUTRINAS DOS FALSOS MESTRES

O excesso de conhecimento não necessariamente pode libertar o homem da ignorância das superstições e das crendices. Pois quantos novos mitos não tem sido criados pelos homens das ciências, muitos deles incutindo nas consciências valores tão negativos, tais como guerras, ódios e genocídios como maneiras de legitimar uma revolução social! Quantos conhecimentos produzidos por homens tão cultos não têm se revelado mitos com roupagens mais modernas, análogos aqueles que foram criados pelos povos da antiguidade! Pessoas ricas em conhecimentos também estão sujeitas a cair nos mesmos vícios daqueles que não estão acostumados a uma vida de estudos e labores intelectuais. De fato, o amor cego aos falsos ídolos também faz nascer nos espíritos mais inteligentes e esclarecidos os frutos da ignorância, da intolerância e da superstição, ainda que queiram passar uma enganosa impressão de que o conhecimento que produzem é o mais seguro, verdadeiro e incontestável. Basta apenas que convertam, através de um mero artificialismo retórico, as suas paixões em valores absolutos e incontestáveis, implementando com tirania um sistema doutrinário capaz de fazer uso da violência e do medo, a fim de que a sua ideologia se mantenha triunfante. Na verdade, sempre haverá pessoas tolas para acreditar em saberes que escondem conteúdos dúbios e vazios, saberes esses que, por intermédio de uma linguagem robuscada, dão a ilusão de que são profundos, valiosos e excepcionalmente geniais. Para ajudar na identificação de uma doutrina professada por um falso mestre ou por um falso profeta recorro a um interessante versículo da bíblia, sem dúvida muito pertinente e inspirador para essa reflexão: "Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?" (Mateus 7:16).

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 09/01/2018
Reeditado em 10/01/2018
Código do texto: T6221282
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