QUEM PUDER...

Que história de consciência o futuro conta como verdadeira?

Sob ruínas de quais impérios restarão as melhores histórias de glórias ou derrotas?

Como um super-herói sob papelões na calçada fui mendigo, e quando maltrapilho voei alto sobre vidas salvando-as das desgraças...

Ah, contemporaneidade que vier, conte a melhor aventura de mim, se puder, pois houve tempos de grandes critérios em que fui vil, e em períodos de desvairamento fui insigne...

Hoje a extenuação do meu espírito recosta à porta do rua e sorri, como um nobre caído, das verdades da minha decadência divina, e enquanto senta na calçada, admira no céus, os fogos do fim do ano como glórias dos meus extraordinários pecados...

Cruzem a suposição com a invencionice, e misturem a confusão entre sonhos e realidades e, por favor, escrevam o enredo do meu destino, ao menos, com felicidade, pois a possibilidade que eu tinha, meu mendigo roubou a capa e foi ao sol beijar o dia, e o super-herói vive a sonhar com a lua na madrugada.