DESLIGANDO...
De tudo que eu presenciei em mim,
Quotidianos da minha experiência,
Sou o resultado e a própria ciência
Do hedonismo equivocado sem fim.
Criei a estética e sensações de viver
Treinei-me para ser real e impossível
Forjei-me tão, puramente, insensível
E reduzi em mim a capacidade de ser
Aos apelos emocionais sou o instinto
Hoje meu lado sentimental é extinto
Sou mínima programação de animal.
E tudo que sou, sinto e não entendo,
Vou, no resto ridículo do meu tempo,
Hibernar o que me houver de racional.