Fidelidade

No que se refere a relacionamento amoroso, infelizmente, a espécie humana tem regredido ao ponto da “quase ignorância” – “quase ignorância” pois se fosse “total ignorância”, esta seria inocente neste aspecto; no entanto, não é bem por aí. A bagagem de informações sobre relacionamentos é densa e vem desde o princípio da criação, quando tivemos o primeiro relacionamento de que se tem notícia, o de Adão e Eva. E depois de então, as experiências são as mais variadas.

Hoje, apesar da tamanha evolução que presenciamos, parece que o relacionamento amoroso não tem acompanhado essa realidade; na verdade, parece que este tem perdido sua essência, e as características que o define como tal.

Parece mesmo que a evolução deu um salto e se esqueceu do relacionamento, deixando-o empoeirado, esquecido e coberto de teias de aranhas.

E como algo tão inerente a vida do homem pode ser esquecido, trocado ou até mesmo ignorado na maioria das vezes? Tudo parece muito importante, menos o relacionamento; porque parece que este é tão natural que não precisa de atenção, pois brota sem saber como, e, inevitavelmente, segue o seu curso sem precisar de regras.

No entanto, quando as coisas vão passando de nível no relacionamento, como por exemplo, para um noivado ou casamento, ai as coisas complicam! Isso porque percebem que o relacionamento conjugal não era assim tão simples e ocasional como pensavam, na verdade, tornou-se um verdadeiro problema! E então, tem-se a seguinte descoberta:

Não estou preparado (a) para isso!

E como estariam, se o assunto é falado com total negligência e superficialidade?

Aí só terapia do amor neles!

Um dos problemas jurássicos que sempre afetaram os casais, e hoje mais ainda, é a traição. Ninguém parece estar disposto a ser fiel devido há vários motivos: Independência de sexo, influência massiva da mídia incentivando a “diversidade” e “quantidade” de relacionamentos curtos - pois parece que quem fica por muito tempo com uma pessoa está perdendo a oportunidade de ficar com outras, “e o tempo é curto demais”, pensam eles - e também, a ideia constante de que nada precisa ser para sempre, fazendo muitos trocarem de parceiros como trocam de roupa, de sapato ou de carro, sendo um pouco mais otimista.

Muitas das vezes a impaciência é tamanha que muitos não esperam nem finalizar um relacionamento com alguém para já começar outro.

A confusão e o descontrole é tanto que tem gerado o novo homem e mulher deste século, o “acompanhado solitário”- Isso pode não fazer sentido: como uma pessoa acompanhada pode estar solitária? Incrivelmente, pode. Pois mesmo que se esteja numa multidão de relacionamentos, na realidade não está em nenhum deles; e isso gera frustração e sofrimento.

Homem e mulher sentem a necessidade de ser amado e respeitado.

A sensação de traição é tão iminente que as pessoas já se comprometem desconfiando uma das outras quando iniciam um relacionamento; esperando a qualquer momento surgir a traição para assim confirmar o que já se esperava.

Péssimo jeito de começar algo, já esperando o fracasso!

Vejamos o que um animal chamado arara azul tem a nos ensinar sobre relacionamento.

A arara azul é uma linda ave que, infelizmente, por motivo do tráfico de animais, está em extinção. Apesar dessa realidade triste ela tem algo a nos ensinar sobre relacionamento amoroso, algo que está nos faltando, algo que foi perdido... a FIDELIDADE.

A arara azul é um animal extremamente carinhoso! E em suas demonstrações de carinho, ela executa o chamado preening, um comportamento de carinho de um para o outro na forma de esfregar o seu bico nas penas do companheiro.

Elas voam juntas e são fiéis até fim da vida.

Que coisa curiosa! O Senhor Deus em sua infinita bondade nos deixou através dos animais um exemplo da essência do relacionamento, a fidelidade; perdida durante o passar do tempo e da mudança do mesmo, como para que não esquecermos dela.

Por ironia do destino, o quadro atual da fidelidade parece estar acompanhando o mesmo destino da arara azul, a extinção.

Todavia, o homem não pode aceitar essa realidade! Pois aceitar isso seria o mesmo que assinar uma sentença de infelicidade enquanto viver.

Deus nos ensina que a fidelidade é sinônimo de amor e justiça. Assim como Ele ama a humanidade e É Fiel a ela, também assim devemos ser uns para com os outros.

Contudo, nada está perdido! Assim como Deus nos deixou exemplos na natureza para que não esqueçamos das coisas que são importantes, deixou-nos também as palavras de transformação e esperança, para todo o coração partido; a reeducação comportamental passada através da bíblia e da fé em Jesus. Pois se tem algo que o Senhor Jesus é especialista é em transformar coisas: água em vinho, morte em vida... Vazio em preenchimento, fracasso em sucesso, infelicidade em felicidade!

Portanto, aprendamos com Jesus e com as coisas simples da vida, como a arara azul, a dar valor a fidelidade dentro de um relacionamento. Agindo assim, estaremos investindo num relacionamento duradouro e feliz!

Suane Cruz
Enviado por Suane Cruz em 25/10/2017
Código do texto: T6152628
Classificação de conteúdo: seguro