Refletindo sobre quem somos

Somos o que pensamos?

Somos o que fazemos?

Somos quem os outros acham que somos?

Somos os lugares que frequentamos?

Somos os amigos que encontramos?

Somos com quem nos importamos?

Somos para quem? Somos por que?

Somos o que esperam que sejamos?

Somos quem gostamos?

Somos o que nos move a agir?

Somos o que parecemos ser?

Somos livres para ser?

Somos todos um? Somos parte de algo maior?

Somos carne, somos espírito, somos desejo, somos planos, somos sonhos?

Caminhando pelas ruas observo o movimento e o ritmo das pessoas. Elas não têm tempo para refletirem. Existe pressa para chegar e para sair. Estão preocupadas com os filhos, com as contas, com as redes sociais. As pessoas chegam a parecer cópias umas das outras. Comportamentos e discursos parecidos.

Metas e planos seguem caminhos já percorridos.

Ninguém ousa mudar ou inovar. Ninguém quer parecer louco ou sentir-se sozinho.

Se a nossa percepção de nós mesmos pode ser distorcida, sofrendo interferências e sendo carregada dentro de nós desde a infância, será que o que parecemos ser está conectado com o que realmente somos?

Será que temos coragem de assumir como pensamos?

Talvez sejamos o que nos permitimos ser dentro dos limites impostos por nós mesmos.

O universo interno de cada um é complexo mas certamente existe um pouco de cada um dentro de nós.

Como resumir algo tão complexo assim?

Se somos seres em transformação o tempo todo, então o que somos hoje pode ser diferente do que seremos amanhã.

Na realidade nós "estamos" assim hoje. Nada é permanente.

Mas ser é mais profundo, é mais íntimo, é mais enraizado.

Quando perguntam quem você é, devemos analisar o que de fato está dentro de nós, independente do que estamos fazendo. Não é sobre o que temos, nem sobre nossa influência, mas o que faz sentido para nós? O que nunca irá mudar aí dentro? O que de fato é único em você?

E então, talvez a pergunta seja: o que sentimos na maior parte do tempo? Com o que nos importamos? O que é essencial?

Se somos seres sociais, vivemos por causa de outros seres pois precisamos sobreviver. E de fato, para sobrevivermos, seguimos regras já inseridas no meio.

Quem pensa diferente é excluído, considerado "diferente". Logo, muitas pessoas deixam de ser quem são, por medo de não serem aceitas. Acho que isso deve acontecer com mais frequência do que imaginamos.

É necessário coragem para viver e se adaptar. Talvez todos estejam esperando alguém fazer diferente. No fundo queremos aprovação para termos liberdade de ser quem nascemos para ser.

Talvez o legal da vida seja experimentar diversas coisas no caminho para nos conhecermos melhor. Viver não precisa apenas de um único caminho. Quanto mais caminhos, mais descobertas e mais aprendizados.

Jaqueline Motter
Enviado por Jaqueline Motter em 13/07/2017
Reeditado em 13/07/2017
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